
Hugo Castro, Ricardo Andrade e António Branco assinam o artigo “A voz do cantor eleva a classe: o Grupo de Acção Cultural Vozes na Luta nos anos da revolução, 1974-1976“, publicado em acesso aberto pela revista Ler História.

Resumo:
O GAC – Vozes na Luta, fundado após o 25 de Abril, foi um dos coletivos artísticos mais ativos durante os primeiros anos da democracia, destacando-se pela intensa regularidade das suas atuações em todo o país e pela publicação de um repertório que narrava o decurso do processo revolucionário. Este artigo aborda, de forma inédita, as experiências prévias de José Mário Branco durante os anos de exílio em França e a influência destas na estruturação do GAC, centralizando em si as várias etapas de produção e publicação discográfica, aspeto distintivo neste período. Aborda também o estímulo do grupo para a consolidação de uma “música popular” que conjugava a influência da música tradicional portuguesa com a da canção de agitação e propaganda. Colmatando a escassa bibliografia sobre o GAC, este artigo aprofunda a sua atividade desde a sua génese enquanto Colectivo de Acção Cultural até à publicação do LP Pois canté!!