Bernardo Santos

Nota Biográfica

Bernardo Santos tem-se apresentado regularmente em concertos a solo, em música de câmara e com orquestra em mais de vinte países, em salas como a Casa da Música, Convento de São Francisco em Portugal; Palau de la Música Catalana e Teatro Liceo em Espanha, Tonhalle Düsseldorf, National Concert Hall em Dublin, Fairfield Halls em Londres, Sala São Paulo e Sala Cecília Meireles  no Brasil, Teatro Degollado no México, entre muitas outras, sendo convidado regular em festivais na Europa, América do Sul e Ásia.

Como solista, Bernardo Santos teve a oportunidade de partilhar o palco com orquestras como a Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica Brasileira, Orquestra Sinfónica de Minas Gerais, Orquesta Metropolitana de Barcelona, Orquestra Filarmonia Podkarpacka, Orquesta Sinfónica de Santa Fe, Orquesta Filarmónica de Cali, Vidin State Philarmonic Orchestra, Orquestra Clássica do Centro, entre outras, tendo tocado sob direção de maestros como Carlos Vieu, Charles Gambetta, Ernst Schelle, Jorge Mario Uribe, Kira Omelchenko, Ligia Amadio, Osvaldo Ferreira, Rui Miguel Marques, Sergio Alapont e Sílvio Viegas, entre outros.

Na vertente de música de câmara, Bernardo Santos teve como mentores António Chagas Rosa, Eugene Asti e Martino Tirimo. Em concerto, destacam-se as suas colaborações com os pianistas Artur Pizarro, Pascal Rogé e Deniz Arman Gelenbe. Gravou, para a editora japonesa Da Vinci Publishing, as sonatas para piano e violino de Edvard Grieg juntamente com David Lloyd, quintetos com piano de Saint-Saëns e Dvorak com o Quarteto Belém e um CD com obras para dois pianos de Piazzolla, Infante e Ravel, com Martim Almeida. Para o selo discográfico MPMP gravou obras para piano solo de Ruy Coelho.

Bernardo Santos tem conciliado a sua carreira artística com investigação em música portuguesa do século XX, sendo responsável pela edição crítica e de obras de Berta Alves de Sousa e Frederico de Freitas, estando a sua pesquisa atual focada na música para piano do compositor Ruy Coelho. É responsável por edições críticas de obras para piano, música de câmara para piano e piano concertante destes três compositores. Recentemente, Bernardo foi responsável por lecionar masterclasses em diversas escolas e universidades em Portugal, Espanha, Brasil, Colômbia, Malásia, México e Vietname.

Bernardo Santos frequenta atualmente o Programa Doutoral em Música (Performance) na Universidade de Aveiro, sendo investigador bolseiro do INET-md e anteriormente bolseiro FCT. Formado pelo Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance (Londres), Ljubljana Academy of Music, Conservatori del Liceu (Barcelona) e pela Universidade de Aveiro (Prémio Município de Aveiro), Bernardo Santos estudou com Dubravka Tomsic, Deniz Arman Gelenbe, Josep Colom e Álvaro Teixeira Lopes, tendo iniciado o seu percurso no piano com Klara Dolynay.

Atualmente, Bernardo Santos ocupa os cargos de presidente da World Piano Teachers Association (WPTA) Portugal, de diretor artístico do Festival Internacional de Piano e Orquestra de Guadalajara (FIPOG), no México, e da série de concertos “Ciclos Lua Nova”, em Águeda.

Projeto de Doutoramento

Título
“Impressionista, nacionalista, neoclássico, expressionista” Estilos e contextos na obra para piano e piano concertante de Ruy Coelho

Orientação
Helena Marinho

Resumo
Este projeto de investigação procura compreender de que forma os contextos políticos, estéticos e interpretativos relativos a Ruy Coelho influenciaram a criação de um estilo de escrita para piano específico por parte do compositor e que reflexos a caracterização e contextualização do repertório em causa têm para uma abordagem performativa da obra de Ruy Coelho. Não existe ainda um único estudo que analise, catalogue e estabeleça conclusões quanto à obra de Ruy Coelho para piano, seja esta a solo, música de câmara ou concertante, ou que analise a sua obra numa perspetiva performativa. O desconhecimento e difícil acesso à obra para piano deste compositor, com poucas obras para piano e música de câmara com piano editadas, e um único CD dedicado à sua obra para piano, é também uma das questões, entre outras, que a presente investigação pretende resolver. Alguns dos objetivos deste projeto incluem a compreensão da dimensão total do universo de estudo e as suas características; a aferição da relação entre o discurso musical das obras do universo de estudo e diferentes correntes estéticas identificadas pelo compositor e suas implicações performativas e, partindo da performance, evidenciar as características do pensamento composicional de Ruy Coelho na sua obra para piano e as suas diferenças e semelhanças ao longo de diversos períodos composicionais.

Financiamento
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (UI/BD/08275/2021)