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40th ESEM
 
Aveiro, 16—20 setembro de 2025
 
5th ICTMD National Committee Meeting
 
 
Chamada de comunicações

 

prazo para submissão de resumos (NOVA DATA)
10 de maio de 2025


local da conferência
Universidade de Aveiro
Instituto de Etnomusicologia -
Centro de Estudos em Música e Dança
Departamento de Arte e Comunicação
Portugal

 

O Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança tem o prazer de acolher as seguintes conferências internacionais na Universidade de Aveiro, Portugal, de 16 a 20 de setembro de 2025:
40º Seminário Europeu de Etnomusicologia (ESEM)
5º Encontro do Comité Nacional do Conselho Internacional para as Tradições da Música e da Dança (ICTMD)

 

Temas da conferência

 

1. Música e alterações climáticas: Ecologias sónicas e etnomusicologia ambiental
Numa altura em que o nosso planeta enfrenta desafios ambientais sem precedentes, a relação entre a música e as alterações climáticas tornou-se um campo de estudo vital. Desde as comunidades indígenas, cujas canções ancestrais codificam conhecimentos ecológicos tradicionais, até aos artistas contemporâneos que integram hinos de protestos contra as alterações climáticas, a música oferece vias únicas para compreender, comunicar e enfrentar as crises ambientais. 
De facto, as paisagens sonoras que definem as identidades culturais estão a mudar à medida que os habitats se transformam, enquanto as próprias práticas musicais se adaptam às novas realidades ambientais. Este tópico explora (1) a forma como as comunidades utilizam a música e a dança para responder aos desafios relacionados com o clima, incluindo as eco-musicologias indígenas, o ativismo ambiental e a sustentabilidade; (2) a música e a dança como respostas a questões de saúde relacionadas com as alterações climáticas; (3) o impacto das alterações climáticas nas tradições musicais e nas paisagens sonoras; (4) o papel do conhecimento ecológico tradicional na formação das práticas musicais.
 
 
2. O Futuro da Etnomusicologia: Reflexividade, Ética e Desafios Digitais 
A etnomusicologia encontra-se numa encruzilhada crítica, enfrentando transformações profundas nas metodologias de investigação, nas considerações éticas e na integração tecnológica. Os etnomusicólogos reconhecem cada vez mais que o seu trabalho se desenrola dentro de redes complexas de poder, representação e propriedade cultural. Isto exige uma reflexividade mais profunda sobre os nossos papéis em mudança como investigadores, educadores e mediadores culturais. Quem tem a autoridade para falar por quem no nosso trabalho académico? Como podemos navegar nas questões de voz, agência e investigação ética em contextos de desigualdade histórica e esforços contínuos de descolonização? Simultaneamente, o nosso campo está a ser revolucionado pelas tecnologias digitais. A inteligência artificial, a realidade virtual e as plataformas online não são apenas ferramentas de investigação, mas forças transformadoras que estão a remodelar as próprias tradições musicais que estudamos. Embora estas tecnologias ofereçam oportunidades sem precedentes para documentação, preservação e envolvimento, também levantam questões cruciais sobre viés algorítmico, propriedade cultural e representação. Este tema convida os participantes a (1) examinar a política de colaboração e envolvimento comunitário, explorando modelos que priorizam parcerias equitativas e benefícios mútuos; (2) avaliar criticamente as implicações da música gerada por IA e dos sistemas de curadoria algorítmica, que cada vez mais moldam a visibilidade global das expressões musicais; e (3) explorar a etnografia virtual e os arquivos digitais como novas fronteiras para a etnomusicologia, ponderando o seu potencial para um acesso ampliado face às preocupações relacionadas com o contexto, o significado e o uso apropriado.
 
 
3. A política do Som e da Escuta: Poder, Resistência e Património Cultural na Etnomusicologia
Num mundo onde o poder opera frequentemente através de canais invisíveis, o som pode servir tanto de campo de batalha como de refúgio. As relações intrincadas entre aqueles que criam o som, aqueles que o ouvem e aqueles que controlam as condições de ambos revelam redes complexas de poder, resistência e dinâmica cultural, exigindo atenção académica. Este tópico convida etnomusicólogos, académicos de estudos do som, antropólogos e teóricos culturais a explorar as dimensões políticas do som e da audição em diversos contextos globais. Desde canções folclóricas sussurradas que preservam línguas em vias de extinção até hinos amplificados que galvanizam movimentos sociais, desde tecnologias de vigilância que monitorizam expressões sónicas até quadros institucionais que determinam quais os sons que são preservados ou esquecidos, este tópico procura interrogar a forma como o poder opera através do som. Convidamos os participantes a examinar: (1) como a escuta é um ato político com profundas implicações para a compreensão e preservação cultural; (2) como os governos e as instituições regulam a expressão musical; (3) o uso estratégico do som em movimentos de resistência, e (4) as complexidades éticas que surgem quando o património sonoro é explorado através do turismo e/ou da representação cultural.

 

 

4. Comunicações livres
Embora seja dada prioridade às propostas relacionadas com os temas do Seminário, serão também consideradas as submissões sobre outros tópicos de interesse para a ESEM.
 
Modos de apresentação
 
Uma variedade de modos de apresentação é possível, e os candidatos são incentivados a considerar cuidadosamente qual modo de apresentação pode ser o mais adequado para apresentar a sua pesquisa. Cada pessoa pode apresentar apenas uma vez durante o seminário.
 
Comunicação individual
 
As apresentações de papéis individuais têm a duração de 20 minutos, seguidos de 10 minutos de discussão. A proposta deve incluir um resumo de no máximo 300 palavras.
 
Painel
 
Os painéis organizados têm a duração de 90 minutos (três papéis, 20 minutos cada, seguidos de 10 minutos de discussão) ou duas horas (quatro papéis e um comentarista). É necessária uma proposta do organizador do painel (300 palavras), bem como de cada apresentador individual (300 palavras cada). Quando um resumo submetido de forma independente se encaixar em um painel, o comitê do programa pode sugerir a adição de um painelista.
 
Sessão audiovisual
 
Podem ser propostos documentários recentemente concluídos, apresentados pelo seu autor e discutidos pelos participantes na conferência. Apresentar um resumo de 300 palavras, incluindo títulos, temas e formatos, e indicar a duração dos documentários propostos e da introdução/discussão.

  
Mesa redonda
 
As sessões de mesa redonda proporcionam aos participantes a oportunidade de debaterem um tema entre si e com membros da audiência. As sessões de até duas horas de duração devem incluir pelo menos quatro, mas não mais do que cinco apresentadores. O organizador solicitará a cada apresentador que apresente as suas posições até 15 minutos e facilitará as perguntas e o debate durante o tempo restante. As propostas para mesas redondas devem ser apresentadas pelo organizador da sessão (300 palavras).
Instruções para o envio de resumos
 
Os resumos devem incluir um foco claro do problema, um argumento coerente, conhecimento da pesquisa anterior e uma declaração das implicações para a etnomusicologia.  As propostas podem ser submetidas aqui.
 
Língua
 
O inglês é aa lingua oficial do seminário.
 
Apresentação de propostas
 
A data-limite para a apresentação de propostas é até 30 de abril de 2025.
A avaliação das propostas será feita de forma anónima, e os apresentadores serão notificados da decisão do comité do programa até meados de maio de 2025.
 
Taxa de inscrição no simpósio
 
Inscrição Antecipada (Prazo: 31 de julho de 2025)
Regular: 50 € — Reduzida: 30 €
 
Inscrição
(Prazo: 1 de setembro de 2025)
Regular: 70 € — Reduzida: 50 €
 
O formulário de inscrição estará disponível online a partir de maio de 2024.
 
ORGANIZAÇÃO
 
Comité
Susana Sardo (Chair) |  Universidade de Aveiro, INET-md
Filippo Bonini Baraldi | NOVA FCSH – INET-md
Fulvia Caruso  | Università di Pavia
Salwa El-Shawan Castelo Branco | NOVA FCSH, INET-md
Rui Marques | Universidade do Minho – INET-md
Ana Flávia Miguel | Universidade de Aveiro, INET-md
Pedro Moreira |  Universidade de Évora - CESEM
Mojca Piškor |  Institute of Ethnology and Folklore Research, Zagreb
Mariana Bonfim | Universidade de Aveiro, INET-md
Jorge Castro Ribeiro | Universidade de Aveiro, INET-md
 
Comité local
Susana Sardo |  Universidade de Aveiro, INET-md
Ana Flávia Miguel | Universidade de Aveiro, INET-md
Jorge Castro Ribeiro |  Universidade de Aveiro, INET-md
Alicia Pajón Fernández | Universidade de Aveiro, INET-md
Juliana Pérez | Universidade de Aveiro, INET-md
Cristiano Tsope | Universidade de Aveiro, INET-md
Jailson Raulino | Universidade de Aveiro, INET-md
 
Design gráfico
Ana Luz
 
Secretaria
 
Comunicação