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Doutorando
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
Portugal
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

Gustavo Afonso é um pianista português, natural de Coimbra. Estudou com Álvaro Teixeira Lopes, Rita Dourado e Helena Paula Figueiredo, tendo sido premiado em concursos de piano a nível nacional e internacional. Participa com regularidade em masterclasses orientadas por pianistas como Ecaterina Baranov, Fausto Neves, Guigla Katsarava, João Paulo Santos, Josep Colom, Miguel Borges Coelho, Olga Prats, Pedro Burmester, Rudolfo Rubino e Serghei Covalenco. Concluiu, em 2018, a Licenciatura em Música (ramo de Performance) na Universidade de Aveiro. Em 2020, completou o Mestrado em Ensino de Música na mesma instituição, desenvolvendo um trabalho de parceria com compositores portugueses, do qual resultou a criação do Álbum de Música Portuguesa para Jovens Pianistas, publicado pela AvA Musical Editions. Foi galardoado com o Prémio Universidade de Aveiro/Caixa Geral de Depósitos e com três bolsas por mérito da Direção-Geral do Ensino Superior/Direção de Serviços de Apoio ao Estudante. Conta já com diversos concertos a solo, tendo-se apresentado como solista com a Orquestra Clássica do Conservatório de Música de Coimbra, dirigida por Leandro Alves, e com a Orquestra Clássica do Centro, sob a batuta de António Sérgio Ferreira. Mantém, desde 2015, um duo de piano e canto com a soprano Beatriz Maia, destacando-se os concertos integrados na edição de 2019 dos Festivais de Outono, em Aveiro, na série de recitais Ciclos de Lua Nova, em 2021, na cidade de Águeda, e no I Festival de Canto de Castelo Branco, no mesmo ano. Merece ainda realce a participação do duo no CD dedicado à compositora portuguesa Berta Alves de Sousa, com a gravação de quatro canções sobre poemas de Luís de Camões, no âmbito do projeto Euterpe unveiled: Women in Portuguese musical creation and interpretation during the 20th and 21st centuries, coordenado por Helena Marinho. Atualmente, é bolseiro do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, e frequenta o Programa Doutoral em Música na Universidade de Aveiro.

 
 
 
 
Projeto de Doutoramento
 
Título
Antígona e Medeia: Uma abordagem pós-dramática à música de cena de Victor Macedo Pinto
 
Orientação
Helena Marinho e Markus Schirmer
 
Resumo

Compositor, pianista, pedagogo e crítico musical, Victor Macedo Pinto (1917-1964) foi uma importante figura do panorama musical português do século XX, tendo deixado uma obra vasta e diversificada, na qual o piano assume um papel central. Testemunho do seu ecletismo é a música de cena para a Medeia de Eurípedes (ca. 1955) e para a Antígona de Sófocles (1959), composta para apresentações do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC).
O enredo e as personagens de Antígona e de Medeia atravessam os mais diversos domínios, desde o teatro à filosofia, passando pela política, pela literatura, pela ópera, pelo cinema, pela pintura e pela escultura (Steiner [1984] 1995; Othman, Ahmad e Manan 2011). A questão da posição da mulher face a uma sociedade patriarcal assume-se como um assunto central em ambas as peças (Rabinowitz 1993; Griffiths 2006; Mitchell-Boyask 2008; Biajoli e Zaqueo 2018), embora as temáticas dos textos sejam ainda alvo de discussão (Pereira 2017).
Partindo do modelo colaborativo utilizado por Marinho et al. (2020) na reencenação de obras de Constança Capdeville, e conjugando uma abordagem arqueológica – na aceção de Assis (2018) do conceito de Foucault –, a realização de entrevistas e uma vertente de pesquisa artística, este projeto propõe a recriação das duas tragédias gregas, integrando elementos ligados às apresentações das peças pelo TEUC nas décadas de 1950 e de 1960, e discutindo temas fraturantes da sociedade atual, designadamente as questões de género. Paralelamente, esta investigação visa também a descoberta e divulgação da música de Macedo Pinto, respondendo à necessidade premente de lhe devolver o seu lugar no panorama da música portuguesa erudita do século XX.