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Marco Roque de Freitas, investigador integrado no INET-md, publicou o livro A Construção Sonora de Moçambique 1974-1994, disponível pela primeira vez em Portugal.
 
Uma primeira versão deste livro foi publicada em Maputo, Moçambique, em dezembro de 2020, fruto do compromisso ético do autor para com os protagonistas que nele figuram. A presente edição foi revista e melhorada, incorporando algumas correções e clarificações decorrentes de apresentações públicas em vários eventos científicos, e da revisão por pares de artigos e capítulos de livros recentemente publicados com base nesta investigação. São explorados diversos assuntos, tais como a categorização musical, os sistemas de produção fonográfica e radiofónica, os repertórios e agrupamentos musicais predominantes, o estatuto dos músicos, o lugar da mulher artista na sociedade moçambicana, as contingências decorrentes da produção musical em contexto de guerra, as primeiras incursões moçambicanas no âmbito da categoria de mercado “World Music”, bem como a relação entre diferentes representações sonoras e contextos político-sociais.
 
O novo livro está disponível para aquisição na página da editora, aqui.
 
Excerto do Prefácio de Nataniel Ngomane, Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa e Professor de Literatura e Metodologias de Investigação na Universidade Eduardo Mondlane:
 
O que nos é apresentado neste livro de Marco Roque de Freitas é, efetivamente, uma abordagem teórica sistematizada da experiência musical de Moçambique, abordagem assente na base sólida que cobre o período de transição, sobretudo política — de 1974 a 1994 —, e «identificando os principais processos que levaram à sua relação com a construção social». Essa experiência musical é acrescida da experiência sonora, no sentido já descrito, como elemento com função central na construção da nação moçambicana. Desse ponto de vista, mesmo considerando a existência de alguns trabalhos de natureza similar em Moçambique, não temos nenhuma dificuldade em considerar este, na sua profundidade e intensidade, como um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora, mas também noutras áreas das artes e outras, como da história de Moçambique, da antropologia, ciências políticas, entre muitas outras.
 
Excerto do Prólogo de João Soeiro de Carvalho, Professor Catedrático em Etnomusicologia na NOVA FCSH:
 
O vivo relato etnomusicológico que nos é apresentado constitui uma crónica recente baseada em histórias de vida, análise de práticas performativas, conteúdos textuais, análise de discurso e discussão conceptual no quadro dos paradigmas pós-coloniais.O autor é diligente quanto à presença dos diversos participantes na narrativa da obra: ela é diversa, permanente e ativa, revelando-se capaz de transportar uma perspetiva que em muito ultrapassa a mão invisível do etnógrafo ou do historiador. Estão verdadeiramente presentes os intervenientes nos processos que determinaram a ação social e os significados culturais da música em Moçambique.
 
 
 
 
 
Ficha técnica:
 
​© Teatro Praga / Sistema Solar (chancela ed._________ ).

Sequência
Coleção dirigida por André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes

ISBN
978-989-568-074-0
Conceção gráfica: Horácio Frutuoso
Tratamento de imagens: Maria Teresa Lacerda
Revisão: Helena Roldão
Impressão e acabamento: Europress
 
Esta publicação recebeu o apoio da República Portuguesa – Cultura | DGARTES Direção-Geral das Artes.
Investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), no âmbito da Bolsa de Doutoramento com a referência SFRH/BD/101225/2014, e no âmbito do projeto PTDC/CPC-MMU/6626/2014: «Timbila, Makwayela and Marrabenta: A Century of Musical Representation of Mozambique», coordenado pelo Professor Catedrático Doutor João Soeiro de Carvalho (NOVA FCSH). Esta investigação enquadra-se no projeto de investigação «Battle of Frequencies: Musical Experience and Radio Propaganda in Times of War in Mozambique (1964-1974)» (2022.03938.CEECIND).