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Com chancela da SEdeM - Sociedad Española de Musícologia, foi publicado o livro Música en las cortes ibéricas (1700-1834): ceremonial, artes del espectáculo y representación del poder, co-editado por Cristina Fernandes, investigadora integrada do INET-md e coordenadora do Grupo de Investigação de Estudos Históricos e Culturais em Música, em parceria com Judith Ortega, investigadora da Universidade Complutense de Madrid e colaboradora do mesmo grupo.
 
Além da introdução assinada pelas editoras, neste livro encontram-se vários os contributos de investigadores e investigadoras do INET-md, a saber, pela ordem dos capítulos:
 
Pedro Castro | "D'alma tua trare un imago": A representação da realeza nas obras dramático-musicais no tempo de D. Maria I
 
Sara Braga Simões | "Bella, e agradável Muzica" no Paço da Ajuda e em Madrid: Novos dados sobre obras compostas para o duplo casamento real de 1785
 
Fernando Miguel Jalôto | Antonio Tedeschi, cantor e compositor da Real Capela de Nossa Senhora da Ajuda (1755-1770)
 
Cristina FernandesTe Deum nas cerimóias dinásticas da segunda metade do século XVIII
 
Diana Vinagre | O repertório com fagotes e violoncelos obrigados nas Capelas Reais da corte portuguesa no limiar do século XIX
 
 
Destacam-se também os capítulos escritos por investigadoras colaboradoras do GI Estudos Históricos e Culturais em Música:
 
Judith Ortega | La dirección musical de la Real Cámara durante el reinado de Fernando VII (1814-1833): gestión, composición e interpretación
 
Vanda de Sá | Práticas musicais na corte: A figura feminina como modelo para a prepetuação da "ilusão dos salões"
 
Raquel da Silva Aranha | Antonio, Luigi e Lorenzo Lacombra: dos entreatos de ópera em Portugal e Espanha para os palcos da América Portugueza oitocentista

 

 



Sínopse do livro:
 
A música foi uma componente fundamental da cultura de corte durante o Antigo Regime e constitui um campo de estudo de grande importância histórica, quer como forma de representação política e expressão religiosa, quer como factor de distinção ou como prática de sociabilidade, deleite e entretenimento. Este livro pretende ser um espaço de intercâmbio de investigações acerca da música de corte e das artes do espectáculo na esfera ibérica e contribuir para promover o diálogo entre investigadores de Espanha e Portugal. As relações estreitas entre os dois reinos deram origem a vários tipos de intercâmbios, tanto de músicos como de repertórios e práticas musicais. A celebração de vários casamentos ao longo dos séculos XVIII e XIX entre infantes de ambas as casas reais serviu para reforçar os laços entre as monarquias ibéricas. A música desempenhou um papel fundamental nestas cerimónias e contribuiu para a divulgação de determinados copositores e géneros musicais. O conteúdo do livro encontra-se organizado em quatro secções, respectivamente dedicadas à música dramática, aspecto fundamental da representação do poder; à música religiosa, ligada à actividade das capelas reais e determinada pelo rigor do cerimonial litúrgico; à música no contexto da Real Câmara; e ao estudo da dança histórica, tanto no plano teatral como social. Propõe-se uma visão abrangente que considera a música não só no âmbito da realeza, mas também através da extensão de práticas e modelos originários da corte a outros domínios da sociedade e em estreita relação com outras artes.