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Tags: DeCA | UA  
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Doutorando
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
Portugal
Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

Marisa Ponce de León iniciou os seus estudos musicais com piano, tomando depois a flauta como profissão. De 1997 a 2008, o Conservatório de Queretaro e a Escola de Belas Artes foram a sua segunda casa. Ganhou o primeiro lugar nas mais prestigiadas Competições Nacionais de Flauta do México em 2003 e 2006, 2007 e o terceiro lugar em 2013. Depois de se graduar na Universidade de Veracruz com as notas mais altas com a renomada flautista Natalia Valderrama, foi artista convidada na Orquestra Sinfónica Nacional, tornando-se mais tarde flautista principal da Orquestra Sinfónica de Chiapas, professora e co-fundadora da Academia de sopros na Universidade de Ciências e Artes de Chiapas (2011 a 2016). O seu interesse pela música contemporânea determinou a sua proposta para o mestrado na Universidade de Aveiro: 'Misticismo e performance musical: uma proposta interpretativa de peças para flauta solo de Mario Lavista e Torü Takemitsu', uma combinação de música clássica ocidental com instrumentos meditativos e terapêuticos, num projeto concretizado através da performance do ensemble 'Sidereae Nunciae', do qual é criadora e um elemento integrante. Recentemente, participou no Festival 'Time of Music' em Viitaasari (Finlândia), tocando peças de Kaija Saariaho e orientada pela flautista Camilla Hoitenga e a compositora Saariaho. Atualmente estuda o Programa Doutoral em Música ramo Performance na Universidade de Aveiro orientada pelo professor doutor Jorge Correia e coorientada pelo professor doutor Filipe Lopes. 
 

Ciência VitaeORCID

 

Projeto de Doutoramento
 
Título
Criação fitopoética: contributo para uma reflexão na responsabilidade ética da performance musical
MarisaLeon projeto
 
Orientação

Jorge Salgado Correia

 

Co-orientação

Filipe Lopes

 

Resumo
Esta investigação artística insere-se no meu projeto de doutoramento a decorrer e que, em termos de motivação, resulta de uma decisão ética. Ciente de que, conscientemente ou não, não há investigação que não esteja assente numa postura ética, na contextualização desta investigação será feita uma reflexão sobre as questões antropológicas e ambientais que fundamentam a postura ética assumida neste trabalho.
Este trabalho propõe-se contribuir para um melhor entendimento das plantas como seres sencientes, estabelecendo relações recíprocas e empáticas (humanos - plantas) que facilitem a perceção da individualidade e das idiossincrasias da vida das mesmas. A importância das nossas decisões sobre temas atuais que terão um impacto evidente no nosso futuro, como o aquecimento global e o veganismo, exige uma reconfiguração das nossas mentalidades e das nossas convicções em relação ao ecossistema.
Como contribuir para essa reconfiguração?
As artes performativas constituem-se como poderosos e influentes meios de intervir socialmente, reconfigurando imaginários e mentalidades. Quando cultivadas irrefletidamente podem contribuir para a alienação. Pretende-se então criar uma Performance (cénico-musical) que, através da presença das plantas e da interação com sons que são originados pelas plantas, possa desejavelmente sensibilizar as audiências para a cumplicidade entre humanos e plantas, que parece ser necessária e fundamental para a nossa sobrevivência.
Desde as minhas competências como flautista profissional, vou tentar afetar e estimular a reação das plantas e utilizar recursos mecânicos e digitais que reproduzirão essas reações das plantas em som, todo isto construirá um espetáculo que resultará assim de um diálogo entre duas espécies que demonstrarão a sua afinidade e possível cumplicidade.
Pretende-se ainda contribuir para o desenvolvimento da investigação artística numa perspetiva de salientar a articulação pertinente, embora nem sempre consciente, da responsabilidade ética e a procura de resultados estéticos.
 

Palavras chave: performance, ética, investigação artística, ecossistema, plantas.