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Integrado | Doutorando
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
Portugal
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Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

Tiago Patrocínio Coimbra (n. 1990) é oboé solista na Göttinger Symphonie Orchester. Concluiu em 2016 o diploma de solista com Emanuel Abbühl na Hochschule für Musik Basel com distinção, após ter terminado em 2013 o mestrado com a classificação máxima na Zürcher Hochschule der Künste, na classe de oboé de Thomas Indermühle. Estudou com Maurice Bourgue na Academie Musicale de Villecroze e em aulas particulares. Iniciou os estudos de oboé com Saul Silva e Ana Madalena Silva no Conservatório de Vila Nova de Gaia, cidade de onde é natural. Colaborou como oboé solista com a Gustav Mahler Jugendorchester, NDR Radio-philharmonie Hannover, MDR Sinfonieorchester Leipzig, Staatsoper Hannover e Staatsorchester Kassel, e integrou ainda a Luzerner Sinfonieorchester, Opernhaus Zürich, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra XXI e Remix Ensemble. Atuou nas principais cidades europeias, bem como na China e no Japão. Tiago Coimbra apresentou-se a solo com Basel Kammerorchester, Göttinger Symphonie Orchester e com a Argovia Philharmonic. Foi premiado em vários concursos nacionais e internacionais. A música de câmara assume um papel importante na sua carreira, trabalhando regularmente com a harpista Carolina Coimbra, com solistas da GSO, o CODA Quintet e o Trio Fermata. O gosto pela música contemporânea levou‐o a trabalhar com alguns dos mais importantes compositores do seu tempo, como Hans Ulrich Lehmann, Helmut Lachenmann, Heinz Holliger, James MacMillan, Sérgio Azevedo, Luís Carvalho e David Philip Hefti, de quem estreou algumas obras para oboé. Foi bolseiro das prestigiadas fundações suíças LYRA Stiftung, Fritz-Gerber Stiftung e Bruno-Schuler Stiftung, entre outras.
 
 
 
 
 
 
Projeto de Doutoramento
 
Título
Em diálogo com Leon Goossens através dos Concertos para Oboé e Orquestra de Rutland Boughton e Cyril Scott
 
Orientação
 
Resumo
Leon Goossens (1897-1988) foi um importante oboísta inglês, que se destacou pela sua abordagem única e singular ao instrumento, considerado pela crítica como "o melhor instrumentalista de sopro, das madeiras, que este país já produziu" (Holland 1988). Influenciou várias gerações de oboístas e compositores ingleses, tendo-lhe sido dedicadas pelo menos quarenta e uma obras. Foi uma figura fulcral para o aumento do repertório para oboé como instrumento solista, durante a primeira metade do século XX. A música dos compositores ingleses Rutland Boughton e Cyril Scott não marca presença assídua nas salas de concerto, e os seus nomes continuam a ser desconhecidos por uma grande parte do meio musical e académico em geral. Boughton escreveu dois concertos para oboé e orquestra de cordas, para além de várias obras de música de câmara (oboé e piano; oboé e quarteto de cordas) e Scott escreveu um concerto para oboé. O segundo concerto de Boughton e o concerto de Scott foram dedicados a Goossens, que os considerou obras "mais apropriadas para o oboé do que o concerto de Richard Strauss" (Goossens and Roxburgh 1977, 157). Os dois concertos não figuram no repertório central do instrumento. Foram estreados por Goossens e depois caíram no esquecimento. O segundo concerto de Boughton (1937) vai ser brevemente publicado pela fundação Rutland Boughton Music Trust, numa edição onde esteve à responsabilidade do presente autor a transcrição e revisão crítica. O concerto de Scott (1948) foi gravado em 2010 pelo oboísta inglês Jonathan Small, mas não há registos de qualquer apresentação pública em concerto. No presente projeto de investigação doutoral procura-se recuperar e analisar criticamente a abordagem de Goossens ao oboé, tendo como base o seu livro Oboe (1977), onde deixou escrito na primeira pessoa algumas das suas ideias e ensinamentos sobre a sua abordagem ao instrumento. Posteriormente irá ser aplicada a sua escola de oboé na interpretação dos concertos de Boughton e Scott. O resultado será uma interpretação historicamente informada, uma vez que os concertos foram escritos tendo Leon Goossens e a sua arte de tocar oboé como fonte de inspiração.