Nascido em Moscovo, começou a sua formação musical em violino e piano quando era criança. Concluiu os seus estudos de violino, condução e ópera com distinção no Conservatório Tchaikovsky em Moscovo. Entre 1981 e 1990 foi membro da Orquestra do Teatro Bolshoi, onde fundou a Orquestra de Câmara Bolshoi em 1988. Em 1989 foi nomeado maestro da Orquestra Sinfónica da Escola Conservatória Tchaikovsky de Moscovo (Prémio Berlim Karajan), com a qual deu concertos e fez gravações na Rússia, Áustria e França. Em 1991 mudou-se para Barcelona (Espanha) e desde então tem trabalhado continuamente como maestro, professor e promotor de concertos. O Maestro Voronkov foi o fundador da orquestra Camerata Mediterranea (1993), professor e maestro da Orquestra do Conservatório Superior del Liceu em Barcelona, maestro chefe da Orquestra Sinfónica Académia del Gran Teatre del Liceu e diretor musical assistente do coliseu de Barcelona. O Maestro Voronkov actuou nas salas de concertos mais prestigiadas da Europa, tais como a Konzerthaus em Viena, Théâtre des Champs-Elysées em Paris, Concertgebouw em Amesterdão, Elbphilharmonie em Hamburgo e o Royal Hall em Londres, dirigindo a Orquestra Sinfónica Nacional Checa, a Royal Philharmonic Orchestra de Londres, a Württembergische Philharmonie, Stuttgarter Kammerorchester, Royal Philharmonic Orchestra de Londres,  Aalborg Symphony Orchestra, Nuevo Mundo Orchestra, Bohuslav Martinu Orchu Orchestra, Russian Philharmonia Orchestra, RTÉ Concert Orchestra of Ireland, Estonian National Orchestra, Orquesta Simfónica del Gran Teatre del Liceu, Orquesta Sinfónica de Castilla y Leon, Sinfónica de Baleares, Orquesta Nacional de Líbano entre outras. Colaborou com artistas internacionais como Montserrat Caballé, Placido Domingo, Rolando Villazón, Piotr Beczala, entre outros. Compôs o final da ópera Khovanshchina de M. Mussorgsky estreada no Gran Teatre del Liceu em 2007, música para os filmes mudos La General (2013), Safety lust (2015), El Gordo y el Flaco (2016), Sherlock JR (2017), Songerie para octeto de cordas (2016), Álbum de familia para violino e piano, Steam suite para quarteto de cordas. Em 2019 a Orquesta Filarmónica de Medellín gravou um CD (Sounds of Dreams I) de música sinfónica de G. Voronkov. Entre os mais recentes projetos de Guerassim Voronkov, encontra-se o ciclo de concertos para a Cátedra "Gabriel García Márquez" no Auditório Leon de Greiff da Universidade Nacional com a Orquestra Sinfónica Nacional da Colômbia, estreias mundiais e estreias na Colômbia de obras como a Sinfónica e Concerto para violino e orquestra de M. Bertran ou Cidades Surrogate de H. Goebbels. Atualmente combina o seu trabalho como pianista, violinista e maestro com o Mestrado em Condução Sinfónica na Universidade Nacional da Colômbia e investigação para o programa de doutoramento em música na Universidade de Aveiro com o tema: Relendo a Sinfonia nº 15 de D. Shostakovich por meio de uma transcrição para conjunto de câmara.

Shostakovich's Symphony No. 15 opus 145 é uma obra que conclui e resume o desenvolvimento criativo do compositor no género sinfónico. O projeto visa apresentar aspectos particulares da composição que representam grandes dificuldades na sua performance e um possível plano de acção para as resolver.

O investigador é um maestro e intérprete de violino, viola e piano, que durante muitos anos dirigiu, tocou e ensinou como professor as obras sinfónicas e composições de música de câmara de Shostakovich. Ao longo destes anos, o autor desta pesquisa estava preocupado com o fosso entre as formas de estudar e interpretar música sinfónica e a música de câmara do compositor em questão. Há uma diferença muito notável nos métodos, estratégias e instrumentos de estudo e performance entre a música de orquestra e a música de câmara. Na sua prática interpretativa, o autor deste trabalho procura intencionalmente re-misturar os modos interpretativos, incluindo mesmo os gestos expressivos e as formas de trocas emocionais e miméticas durante a performance entre estas duas vertentes da música (sinfónica e de câmara). Este projecto de investigação visa verbalizar e definir de uma forma mais sistemática e académica as experiências neste campo fronteiriço entre os dois tipos de interpretação musical que podemos definir de uma forma mais sintética como:

• A interpretação subjectiva e autoritária associada à arte de dirigir o repertório sinfónico.
• Interpretação colaborativa no conjunto da câmara, que procura intersubjectividade, sinergia e empatia colectiva dentro de um grupo de parceiros com diferentes pontos de vista e contextos culturais.