António Pereira nasceu em Mirandela, cidade onde iniciou os estudos musicais. Discípulo de Ana Bela Chaves, dedica grande parte do seu tempo à docência na Universidade de Aveiro – DeCA, e na Escola Superior das Artes Aplicadas de Castelo Branco – ESART como professor especialista. A sua formação reflete a passagem pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (licenciatura em música), Escuela Superior de Música Reina Sofia (posgrado), tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos sob orientação de professores como Gérard Caussé, Nobuko Imai, Richard Gwilt, Ulrich Eichenauer, Walter Levin e Wolfram Christ, entre outros. Mestre em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, António Pereira orienta regularmente masterclasses de viola d’arco, e é júri de diversos concursos nacionais e internacionais. Os seus alunos estão presentes nas mais importantes orquestras de jovens nacionais e internacionais, assim como são anualmente distinguidos em diversos concursos.  Atualmente é doutorando na Universidade de Aveiro. 

Esta investigação tem como objetivo colocar François Broos (1903-2002) no circuito internacional enquanto emancipador da violeta como instrumento solista. Com base em textos, entrevistas e comparação de gravações, pretendo concretizar este objetivo identificando a origem e os princípios que definem os modelos interpretativos e pedagógicos desenvolvidos por François Broos, assim como a ação performativa e pedagógica deste violetista. Pretendo assim aferir qual o seu papel na emancipação da prática da violeta em relação à do violino, e de que forma espoletou o interesse por este instrumento a partir da segunda metade do séc. XX em Portugal - com repercussão internacional –, tanto ao nível do ensino, como da prática e da criação de novo repertório. Este trabalho contribui para os 4º, 5º e 17º Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.