• Dança 3
Menu
Escolher um contacto:
Imagem do contacto
Doutor Colaborador
Faculdade de Motricidade Humana | Universidade de Lisboa
Estrada da Costa
1499-002 Cruz Quebrada - Dafundo
Portugal
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Tel: (+351) 21 414 9179

Nota Biográfica

Thaís Gonçalves é doutora, em regime de co-tutela, no ramo da Motricidade Humana na Especialidade de Dança, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa (FMH/UL), e em Artes da Cena, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Universidade Estadual de Campinas (PPGADC/UNICAMP), com a pesquisa "Sensorialidades antropofágicas: saberes do sul na dança contemporânea". Mestre em Políticas Públicas e Sociedade, pelo Departamento de Sociologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduada em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, Bacharelado e Licenciatura Plena) e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Professora adjunta dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Dança e do Mestrado Profissional em Artes (ProfArtes) do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC), no setor de estudos Técnicas e Práticas de Dança. Pesquisa os seguintes temas: dança e educação, filosofia e história da dança, processos de criação e antropofagia nas artes da cena. Entre as publicações recentes estão os seguintes artigos: “Fricções, Fissuras ou transbordamentos de linguagem nas artes?” in Revista Linha Mestra/UNICAMP (2019) e “Sopros de invisibilidade nas artes do corpo: modos antropofágicos de criação” in Monica Toledo Silva (Org.) (2019). Colabora, desde 2021, no Conselho Editorial da Revista Conceição/Conception do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da UNICAMP e integrou, entre 2014 e 2020, o Conselho Editorial da Revista aSPAs, do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP). Coordenou o Projeto de Extensão Memória Viva: histórias da dança do Ceará, pela Universidade Federal do Ceará, com a realização de quatro documentários em torno de artistas e professores da dança (2012/2013). Editou e escreveu textos nos dois volumes lançados da Revista OlharCE, publicação da Bienal Internacional de Dança do Ceará (2008 e 2011), disponíveis na versão digital olharce.com
 
 
 
 
 
 
Tese de Doutoramento
Sensorialidades antropofágicas: saberes do sul na dança contemporânea
 
Resumo
Corpos estranhos, disformes, desfigurados, desarticulados. O que fazer quando uma lógica da sensação se impõe e subverte corpos, processos de criação em dança e estratégias coreográficas? Como compor em estados de vibração, espasmos, pausas prolongadas, tremores e gestos que simplesmente insistem em moverem-se de determinada maneira? Ao fazer emergir das sensações texturas de movimento descoladas de temáticas, ideias, técnicas e roteiros prévios, a coreógrafa e bailarina Juliana Moraes teve seus procedimentos desafiados na elaboração da série oreográfica Peças curtas para desesquecer (Companhia Perdida), e do solo Desmonte. Tais mobilizações do corpo surgiram nas experimentações com materiais inspirados nos objetos relacionais de Lygia Clark, em laboratório ministrado pela artista Ana Terra. Objetos ordinários, sem apelo semiótico, geraram uma dança desassociada de imagens. Com a metodologia de pesquisa do ator Gustavo Sol, tais materiais formalizaram-se mantendo a potência de vibração dos corpos em estados de presença poética, nos quais a atenção tem uma dimensão coreográfica. Dançar em ato. Lógica das proposições de Lygia Clark e Hélio Oiticica que, nos anos 1960, romperam com suportes da arte visual e, inspirados por Oswald de Andrade, instauraram um modo antropofágico de criação. Antropofagia como procedimento. Deslocando a pergunta o que é para o que se pode fazer com a sensorialidade, foram investigados os modos de criação e as escritas de Juliana Moraes e outros cinco criadores em dança e teatro – Mariana Muniz, Jussara Miller, Luis Ferron, Renato Ferracini, Carlos Simioni e Gustavo Sol. O que devoram esses artistas? Que pontes fazem entre mundos visíveis e invisíveis? Estariam permeados de princípios das cosmogonias indígenas, dos saberes do/no corpo, de uma performatividade? Num caldeirão, em torno das sensorialidades antropofágicas, fervem artistas, xamãs e pensadores, de Deleuze, José Gil, Steve Paxton, Anna Halprin, Hubert Godard, Antonin Artaud, à Oswald de Andrade e Viveiros de Castro, entre outros.
 
 
 
Grupo de Investigação: Estudos em Dança