Atlas dos Instrumentos Utópicos

Coordenação
Prazo de execução
01.2021-07.2021
Instituições envolvidas
Sonoscopia Associação Cultural
Resumo
O Atlas de Instrumentos Utópicos é um conjunto de instrumentos, fontes sonoras e dispositivos electroacústicos que atuam como mediadores entre as novas possibilidades de composição e a performance musical.
Sendo um projeto amplo e de longa duração, envolve vários geradores de som produzidos no âmbito das criações da Sonoscopia ao longo do tempo, mas que são agora sistematizados, ao nível da produção sonora e da coesão estética, de forma a poderem ser mais facilmente estudados, reproduzidos e adaptados para propósitos musicais e educativos. Este processo de análise e reflexão permite assim desenvolver novos dispositivos sonoros de uma forma mais estruturada, dissecando e aperfeiçoando o ciclo entre instrumento musical / composição / execução instrumental que é comum a quase todos os instrumentos musicais.
O Atlas de Instrumentos Utópicos parte de dois princípios elementares: e escuta e a igualdade dos sons. Procuram-se realçar objetos e sons incomuns, proporcionando-lhe uma visibilidade e importância ao nível de qualquer outro instrumento. Também na forma de se tocar e fazer música, o Atlas de Instrumentos Utópicos procura dar uma voz plural e representativa de todas as faixas etárias e de todas as capacidades motoras e intelectuais, desenvolvendo instrumentos com distintos graus de complexidade.
O Grupo Operário do Ruído constitui-se como um estudo de caso que relata uma abordagem possível a estes instrumentos num contexto de música na comunidade. É um grupo aberto à participação de todas as pessoas que queiram trabalhar a música dentro de um universo que vai para além da tonalidade, independentemente da idade, género, condição física ou social. Assenta, portanto, e tal como o Atlas, nos princípios de que todos são capazes de fazer música e que a música se abre à totalidade de sons, independentemente da sua fonte sonora. Os processos de trabalho baseiam-se nas ideias de criatividade colaborativa, de participação ativa e de e vivência musical como fenómeno transformador de realidades pessoais e sociais.
Palavras-chave
Novos instrumentos, "Música aberta", criatividade, educação musical, música e bem estar, contextos formais e não formais, música na comunidade.